segunda-feira, 14 de junho de 2010

A comunicação e o educador socioprofissional

A educação social é uma função recente, que surge devido a flagelos da sociedade, pelo qual se sentiu necessidade de um profissional que actuasse em função da melhoria da qualidade de vida dos indivíduos quer individual quer colectiva, com o objectivo de os integrar na sociedade, ou seja, no seu meio social, apelando para o exercício da cidadania em conformidade com os padrões sociais existentes, e reorientando ou reeducando os indivíduos para a sua identidade e dignidade pessoais, através de projectos de intervenção. Assim, este profissional actua como mediador e actor social na sociedade, de forma cuidada e de modo a melhorá-la, visto que trabalha com situações de risco (CARVALHO, 2004).
De facto, visto que trabalham casos particulares, é necessário ter um especial cuidado na forma como se aborda o outro, daí serem importantes todos os aspectos do processo de comunicação (ver conceito comunicação), para assegurar qualidade neste processo e para que o outro se sinta predisposto a receber aquilo que temos para lhe transmitir.
A comunicação interpessoal é muito importante essencialmente para o trabalho destes profissionais, mas também para todos os outros, visto que requerem relações humanas.
Mas, só falamos em comunicação quando o outro recebe, ou seja, o que nos é dado através do feedback, num sentido de retorno da mensagem de alguma maneira, para sabermos se estamos a agir ou mesmo transmitir o que pretendemos de forma correcta.
Para isso, é ainda muito importante dominarmos fluxos comunicativos, pois por baixo de um processo de comunicação, está sempre alguma intencionalidade, e um objectivo de modificar o comportamento do outro, o que no caso do educador social/socioprofissional é a integração do indivíduo na sua sociedade.

Assim, na minha opinião todos os profissionais devem ter conhecimentos e especializar-se na área da comunicação, visto que em âmbitos de trabalho é muito importante exercer-se a empatia com o outro de forma natural, bem como estratégias de comunicação, desenvolvendo contactos e relacionamentos.
Para tal, há algumas competências que o emissor, neste caso o educador socioprofissional deve ter como adquiridas, como por exemplo o tempo de espera e a adaptação num processo de comunicação, bem como outros aspectos já referenciados. Tanto no processo de comunicação como a nível profissional não devemos fazer juízos de valor embora estejam no nosso reportório individual, pois poderá comprometer o nosso trabalho e interferir neste processo de comunicação.
CARVALHO, Adalberto Dias, BAPTISTA, Isabel, Educação social – fundamentos e estratégias, Porto, Porto Editora, 2004