terça-feira, 29 de junho de 2010

Sociodrama

O sociodrama é a terapêutica dos grupos naturais, ou seja, dos grupos onde todos os elementos que os constituem se conhecem e convivem entre si. Utiliza-se a dramatização para ensinar aptidões sociais, melhorar a forma como os elementos do grupo se relacionam e tornar os temas individuais (as preocupações e os conflitos de cada um) nos temas de discussão do grupo.
É ainda um recurso que permite a participação, maior envolvimento da comunidade e é fácil de produzir porque utiliza os recursos que a comunidade dispõe.

Para se realizar um sociodrama é necessário um pequeno grupo de pessoas e uma história, uma briga, um conflito.
Assim sendo, apresenta-se como um “método de acção grupal no qual os participantes reagem perante situações sociais espontaneamente”.

Fonte:
http://www.radioevangelizacion.org/IMG/pdf/Capitulo_9_-_Sociodrama.pdf

Psicodrama

Psicodrama é uma forma de terapia em grupo. O "teatro dramático" é realizado com a ajuda de um terapeuta (o encenador) que se serve de membros do grupo (público) ou terapeutas auxiliares, para desempenhar os papéis das pessoas significativas do protagonista na dramatização.
Resume-se a um debate da representação de todos e, sobretudo, do tema ou acontecimento em que se baseia a dramatização. Em relação à sala onde se realiza o psicodrama, não é necessário um ambiente especial, basta um espaço onde as pessoas se possam sentar em círculo, de forma a poderem olhar-se.
O psicodrama, cujo modelo foi conceptualizado por J.L. Moreno, é utilizado com sucesso em psiquiatria nas pessoas agitadas, inadaptadas e psicóticas. As raízes do psicodrama e do sociodrama estão na característica da espontaneidade.
Moreno deve a Bergson os princípios fundamentais do seu sistema, baseados na existência de actos não condicionados por algo antecedente que brotam de forma imprevisível: expressam a personalidade total de quem os leva a cabo e por si sós mantêm próximos o mundo natural, a sociedade e o eu mesmo.
O psicodrama não difere substancialmente de outros tipos de teatro. O conhecimento apropriado desta técnica anula os medos e preconceitos relativos ao trabalho sobre a emotividade. Infelizmente, muitos desses preconceitos têm a ver com a maneira como são socialmente consideradas as actividades psicoterapêuticas.
Fontes:
[Consult. 2010-06-29].
dancaconsciencia.htm

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Características da entrevista

Os métodos de entrevista distinguem-se pela aplicação dos processos fundamentais de comunicação e de interacção humana significativos. Permitem retirar informações e elementos de reflexão muito ricos e matizados.

Caracterizam-se por um contacto directo entre o investigador e os seus interlocutores. Exprime-se as percepções de um acontecimento ou de uma situação.

O investigador facilita a sua expressão e evita que se afaste dos objectivos da investigação e permite que o interlocutor aceda a um grau máximo de autenticidade e de profundidade.

É caracterizado ainda por questões abertas, susceptíveis de uma análise de conteúdo (aprofundamento do tema para confirmar dados). É assim um instrumento qualitativo.
  • Variantes:
    Semidirectiva – podemos alterar a ordem das questões, mas “sem perder o fio à meada”;
    Directiva – seguimos o guião à risca sem alterar a sua ordem;
    Livre – Liberalização do discurso, anotando apenas tudo o que se refere;

  • Principais vantagens:
    Profundidade dos elementos de analise;
    Flexibilidade;

  • Limites e Problemas:
    Dificuldade em dominar a técnica por esta implicar interacções directas;
    Complexidade do tratamento de dados;

  • Métodos complementares:
    Análise de Conteúdo – a transcrição da entrevista é feita na integra, pois tudo pode ser alvo de uma interpretação, mesmo as hesitações por exemplo;


Fonte:

QUIVY, Raimond, CAMPENHOUDT, Luc Van, Manual de investigação em ciências sociais, Lisboa, Gradiva, 2008;

A comunicação e o educador socioprofissional

A educação social é uma função recente, que surge devido a flagelos da sociedade, pelo qual se sentiu necessidade de um profissional que actuasse em função da melhoria da qualidade de vida dos indivíduos quer individual quer colectiva, com o objectivo de os integrar na sociedade, ou seja, no seu meio social, apelando para o exercício da cidadania em conformidade com os padrões sociais existentes, e reorientando ou reeducando os indivíduos para a sua identidade e dignidade pessoais, através de projectos de intervenção. Assim, este profissional actua como mediador e actor social na sociedade, de forma cuidada e de modo a melhorá-la, visto que trabalha com situações de risco (CARVALHO, 2004).
De facto, visto que trabalham casos particulares, é necessário ter um especial cuidado na forma como se aborda o outro, daí serem importantes todos os aspectos do processo de comunicação (ver conceito comunicação), para assegurar qualidade neste processo e para que o outro se sinta predisposto a receber aquilo que temos para lhe transmitir.
A comunicação interpessoal é muito importante essencialmente para o trabalho destes profissionais, mas também para todos os outros, visto que requerem relações humanas.
Mas, só falamos em comunicação quando o outro recebe, ou seja, o que nos é dado através do feedback, num sentido de retorno da mensagem de alguma maneira, para sabermos se estamos a agir ou mesmo transmitir o que pretendemos de forma correcta.
Para isso, é ainda muito importante dominarmos fluxos comunicativos, pois por baixo de um processo de comunicação, está sempre alguma intencionalidade, e um objectivo de modificar o comportamento do outro, o que no caso do educador social/socioprofissional é a integração do indivíduo na sua sociedade.

Assim, na minha opinião todos os profissionais devem ter conhecimentos e especializar-se na área da comunicação, visto que em âmbitos de trabalho é muito importante exercer-se a empatia com o outro de forma natural, bem como estratégias de comunicação, desenvolvendo contactos e relacionamentos.
Para tal, há algumas competências que o emissor, neste caso o educador socioprofissional deve ter como adquiridas, como por exemplo o tempo de espera e a adaptação num processo de comunicação, bem como outros aspectos já referenciados. Tanto no processo de comunicação como a nível profissional não devemos fazer juízos de valor embora estejam no nosso reportório individual, pois poderá comprometer o nosso trabalho e interferir neste processo de comunicação.
CARVALHO, Adalberto Dias, BAPTISTA, Isabel, Educação social – fundamentos e estratégias, Porto, Porto Editora, 2004

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Liderança

Liderança é o processo de conduzir um grupo de pessoas, transformando-o numa equipe que gera resultados. Este processo, deve criar um clima em que todos queiram contribuir para uma produção eficiente e eficaz, em que todos tenham interesse em aprender recursos técnicos e teóricos para resolver os problemas e efetuar melhorias no trabalho.

Estilos de liderança:

Líder Autocrático- mantém o controle , não delega, é autoritário; O líder toma decisões individuais, desconsiderando a opinião dos liderados. O líder é dominador e pessoal nos elogios e nas críticas ao trabalho de cada membro.
Líder Paternalista- protege o funcionário, para se sentir protegido, assim não ajuda no crescimento profissional; paternalismo é uma atrofia da Liderança, onde o Líder e sua equipe tem relações interpessoais similares às de pai e filho. A Liderança paternalista pode ser confortável para os liderados e evitar conflitos, mas não é o modelo adequado num relacionamento profissional, pois numa relação paternal, o mais importante para o pai é o filho, incondicionalmente.
Líder Democrático- participa, busca consenso,e também prestígio; este tipo de liderança é voltado para as pessoas e há participação dos liderados no processo decisório. O líder procura ser um membro normal do grupo. Ele é objetivo e limita-se aos fatos nas suas críticas e elogios.
Líder Liberal (Laissez Faire)- significa literalmente "deixai fazer, deixai ir, deixai passar". O líder delega todas as tarefas, é ausente; as pessoas tem mais liberdade na execução dos seus projetos, indicando possivelmente uma equipe madura, auto dirigida e que não necessita de supervisão constante. Por outro lado, a Liderança liberal também pode ser indício de uma liderança negligente e fraca, onde o líder deixa passar falhas e erros sem corrigi-los.
Características fundamentais de um Líder:
Conhecimento do trabalho
Conhecimento das responsabilidades
Capacidade de ensinar ou treinar
Capacidade de melhorar os métodos de trabalho
Capacidade de dirigir
Um líder não poderá transmitir...
Insegurança, falta de confiança em si, inibições, timidez, a própria situação
Na verdade um Líder deverá usar todos os estilos, vai depender da maturidade da equipe, do tempo para execução do trabalho e da experiência dos membros da equipe de trabalho.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Glossário

Conscientização- é o processo de fazer com que a comunidade conheça seus direitos e deveres, praticando-os em sua plenitude. Segundo Paulo Freire, a conscientização consiste no desenvolvimento crítico da tomada de consciência.

Educação- intencionalidade de um processo humano que promove a instrução e formação do ser humano, com o objectivo de o desenvolver e inserir na sociedade; Tornar que a pessoa educada seja um sujeito consciente, livre, crítico e responsável.

Socialização- processo pelo qual um novo membro da sociedade interioriza a sua identidade social.

Método- conjunto de princípios que orientam a selecção do objecto de estudo, a formação dos conceitos apropriados e as hipóteses.

Metodologia- conjunto de procedimentos e regras para produzir conhecimento e está interligada com o enquadramento teórico global. Tem como objectivo captar e analisar as características dos vários métodos disponíveis. Assim, diz respeito ao próprio estudo dos métodos ou mesmo das etapas a seguir num determinado processo. wikipédia

Metodologia da investigação-acção- permite um equilíbio instável entre investigação (conceptualidade teórica e rigos metodológico) e acção (compreensão e orientação de práticas, sendo fundamental então para áreas práticas, pois tem como objectivo melhorar a prática e a solução de problemas. disponível em http://claracoutinho.wikispaces.com/

Aprendizagem colaborativa- é um recurso na área da educação e consiste num procedimento, em que se busca maior interacção no grupo de aprendizagem, em que coloca os membros de uma comunidade de um modo em que possam contribuir para os seus conhecimentos. wikipédia

Aprendizagem cooperativa- neste processo educacional, os sujeitos dependem uns dos outros para atingirem o objectivo definido, sendo necessária portanto uma interdependência positiva, desenvolvendo relações de partilha, solidariedade e colaboração entre os alunos, valorizando-se assim também a responsabilidade individual. disponível em http://www.grupolusofona.pt/pls/portal/docs/PAGE/OPECE/INVESTIGACAO/

O grupo

Um grupo apresenta-se como uma unidade social, sendo um conjunto limitado de pessoas com papéis interdependentes, mas unidas por objectivos e características comuns, desenvolvendo múltiplas interacções entre si, regulando ainda o seu comportamento por um conjunto de normas estabelecidas pelos próprios elementos do grupo. No grupo, as pessoas desenvolvem a sua estrutura pessoal através de troca de ideias e do diálogo, criando-se uma consciência colectiva que não e igual à soma das consciências individuais.

Os grupos, devem-se considerar como um todo, que luta por essa mesma identificação de objectivos comuns; Com as regras que estabelecem entre si, mantêm-se no mesmo uma certa coerência; Deverá surgir no mesmo a coesão, sendo esta característica que mantém o grupo unido e garante a eficácia desse mesmo trabalho em grupo, e constitui para os técnicos que trabalham com o mesmo, um indicativo da situação do grupo e do seu grau de maturidade social;
A dinâmica interna que se cria no grupo cria um clima social especial – no mesmo existem conflitos, ajudas, tréguas, desuniões, amizades, etc. Isto, deve-se ao facto de existirem no mesmo inseguranças, lutas patentes, oposições ao lider e frustrações.
Assim, a vida em grupo torna-se dificil, também pelo facto de existirem diferenças e juizos de valor entre as pessoas, falta de abertura e a indisposição em relação ao grupo.
Em suma, a coesão referida já anteriormente, é importante ainda para que as pessoas permanecam juntas, para aumentar a confiança e lealdade, para que os elementos se sintam seguros e satisfeitos e orgulhosos pela pertença ao grupo e ainda para failitar as suas relações interpessoais, proporcionando assim o desenvolvimento pessoal e social de cada indivíduo.

De facto, desde sempre o homem se apresentou enquanto ser social. Para tal, tanto os diferentes tipos de grupos - grupo familiar, o grupo escolar, o grupo laboral, o grupo de amigos, enfim, todo o grupo que funcione com coesão, partilha de sentimentos, comportamentos e afectos, é um grupo potencialmente rico e estimulador para o crescimento das relações inter e intra pessoais.