sexta-feira, 24 de junho de 2011

O principezinho



Na unidade curricular analisamos um excerto da obra "O principezinho" de Antoine Saint-Exupéry, em torno da temática "Cativar".

De facto o ser humano não consegue estar sozinho. Enquanto espécie, somos seres e indivíduos biopsicossocioeducativoculturais. Esta expressão remete-nos para o facto de que possuimos um corpo, uma personalidade e vivemos em grupos sociais, sendo estes factores cruciais para a sobrevivência, sendo ainda seres produtores de cultura. Esta cultura passa-se através da educação.

Isto traduz o anima Educandum porque nos auto-educamos, hetero-educamos e inter-educamos.

De facto, precisamos de ter sempre alguém próximo de nós mesmo que seja no "imaginário", descobrindo assim estratégias para que a relação com o outro seja fácil, onde o cativar deve ser uma constante.

Investigação-acção

Características:


  • Continuidade do trabalho

  • Coloca a tónica na componente prática

  • Coloca a tónica na melhoria das estratégias de trabalho utilizadas

  • Conduz a um aumento significativo na qualidade e eficácia da prática desenvolvida

A investigação-acção deste modo permite então criar um clima de revisão e transformação de determinadas questões da realidade socioeducativa, assim como superar algumas discrepâncias existentes entre o binómio teoria-prática, possibilitando melhorias significativas no que diz respeito à qualidade.


O intuito deste método é a transformação da realidade, do participante da investigação-acção. é um processo que encaminha para a tomada de consciência dos participantes, da sua própria situação e verifica se estes e esta têm capacidade de melhorar. O que não supõe apenas a sua situação inicial, mas também analisar os recursos e a sua distribuição, assim como as possibilidades alternativas.


Com todo este processo pretende-se melhorar a sociedade a partir dea melhora de uma das suas partes: desenvolvendo capacidades dos seus membros, analisando necessidades, fins, interesses, etc; encontrando soluções a determinados problemas e iniciando novas actividades sociais.


Este estilo de investigação torna-se apelativo e motivador na medida em que coloca a tónica na componente prática e na melhoria das estratégias de trabalho utilizadas, o que conduz a um aumento significativo na qualidade e eficácia da prática desenvolvida.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Projecto de animação sociocultural num Centro de Dia para a Terceira Idade - Casos Práticos (SERRANO, 2008)

No âmbito da unidade curricular e dos seus conteúdos, abordamos essencialmente a temática: Elaboração de projectos. Assim, procedemos à análise de alguns projectos disponibilizados no livro Elaboração de Projectos Sociais, de Glória Pérez Serrano.

Um dos projectos que o mesmo continha é o "Projecto de Animação Sociocultural num Centro de Dia para a Terceira Idade" que como vimos, tem por objectivo principal o da transformação da própria realidade dos mesmos, através do melhoramento das suas actividades, devendo estas assim ser mais dinâmicas, em função das suas limitações físicas, psíquicas ou sociais, assim como também contribuir para uma transformação do próprio conceito que a sociedade atribui aos centros de dia.

Este projecto de facto foi delineado tendo em conta todas as fases cruciais para a elaboração de um projecto social, e das quais já estudadas, sendo que inicialmente, numa fase de diagnóstico, este apontou para a deteriorização intelectual e existência de sintomatologia depressiva nos seus pacientes, motivo pelo qual move toda a acção planificada, de modo a organizar experiências, reforçar a auto-estima e fomentar as relações sociais, uma vez que se verificaram nos mesmos posturas muito individualistas.

Deste modo, a metodologia utilizada foi basicamente qualitativa e didáctica, utilizando portanto como suas actividades, o debate face a temas expostos, actividades formativo-educativas, como a leitura de artigos e o comentário face aos mesmos em grupo, actividades artísticas, actividades corporais e actividades que abrem o centro a toda a Comunidade, e também di´^amicas de grupo.

Para tal, e tendo em conta as fases do projecto, de facto é necessário termos técnicas e instrumentos de avaliação do que nos propusemos, para verificar essencialmente a adequabilidade, pertinência e eficácia do mesmo, sendo portanto utilizadas as entrevistas, testes, observação nao participativa, registos, técnicas d emotivação,procedendo-se assim a análises qualitativas dos dados recolhidos.

Tendo em conta o que se planificou, e tendo em conta o diagnóstico elaborado e o grupo alvo, penso que as mesmas estavam adequadas ao grupo-alvo e bem estruturadas e pertinentes para o intuito que se pretendia, facto que se comprovou de acordo com o autor, pela execução do projecto, tendo sido também demonstradas significativas alterações nos idosos bem como a sua forma de estar e pensar. Isto, através de uma maior participação do idoso, do seu desenvolvimento pessoal e do aumento das relações sociais, um papel mais activo, quebra de monotonia nas suas vidas, mostrando-se os mesmos mais satisfeitos e alegres, aproveitando o seu dia de maneira diferente.

Contudo, uma vez que um dos objectivos deste projecto era alterar a forma de pensar da sociedade face aos Centros de Dia, assim como lhes conferir uma certa participação e acesso ao mesmo, era fundamental que estes resultados tivessem sido divulgados para a própria comunidade.


SERRANO, Glória Pérez, Elaboração de projectos sociais. Casos Práticos, Porto, Porto Editora, 2008

Fases do Projecto numa perspectiva operativa

1. Fase de diagnóstico de Necessidades
2. Identificação de Objectivos
3. Especificação de Actividades
4. Tempo de Execução
5. Recursos disponíveis a utilizar
6. A operatividade comporta Programar uma acção:


7. A perspectiva operativa permite descobrir de forma clara, precisa e ordenada o caminho a seguir para resolver o problema
8. Podemos reflectir os elementos do projecto no esquema que se apresenta:


Bibliografia:
SERRANO, Glória, Pedagogia Social, Educação Social, Madrid, Narcea Editores, 2003

quinta-feira, 9 de junho de 2011

10 fases do Trabalho de Projecto

Tendo em conta o pressuposto de Milice Ribeiro dos Santos, podemos verificar que o Trabalho de Projecto, para se desenvolver de forma pertinente e eficaz, terá de se desenvolver basicamente nas seguintes fases:


1- Identificação do Problema

2- Identificação e escultura dos problemas parcelares

3- Constituição dos grupos de trabalho

4- Planificação do Trabalho

5- Trabalho de Campo

6- Dinâmica de teorização e pesquisa no terreno

7- Produção de registos e apresentação do grande grupo

8- Critica avaliativa dos trabalhos de grupo

9- Globalização

10- Avaliação do Trabalho de Projecto


Como podemos verifica, todo o desenvolvimento de Trabalho de Projecto é feito faseadamente, atendendo ao problema e necessidade de cada uma das fases, e implica pois um trabalho de pesquisa, tempos de planificação e uma intervenção com finalidade de responder a problemas.

Deste modo, mantém-se uma constante interacção entre a teoria e a prática, sendo ambas fundamentais em todo este processo.

Sendo centrado portanto num estudo de problemas, procura atingior as suas finalidades (dar soluções a problemas), através de uma reflexão sistematizadora, na teorização, na organização de dados encontrados e na estriuturação da produção.


Deste modo, o Trabalho de projecto é fulcral na prática dos educadores socioprofissionais, uma vez que potenciam competencias sociais tais como a comunicação, o trabalho em equipa, a gestão de conflitos, a tomada de decisão e a avaliação de processos na sua intervenção; Liga a teoria à prática também através da interdisciplinaridade; para o desenvolvimento de diversas capacidades, e ainda para aprender a resolver problemas partindo das situações e dos recursos existentes;

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Metodologia

A metodologia desempenha um papel fundamental no desenvolvimento de projectos sociais, desenvolvendo-se em torno da questão: como se vai fazer?
Assim, o método é o caminho que se escolhe para atingir um determinado fim. A metodologia é então o estudo desses métodos.

É uma explicação cuidada, detalhada e rigorosa de toda a acção desenvolvida do método (caminho) do trabalho de pesquisa.

É ainda uma explicação do tipo de pesquisa, dos instrumentos utilizados (questionários, entrevistas, ...), do tempo previsto, do tratamento dos dados, ou seja, de tudo o que se utilizou no trabalho de pequisa.


Segundo SERRANO (2008) é necessário enumerar e explicar os diferentes passos técnicos que se devem cumprir ou as várias etapas que o processo técnico deve compreender.




"A filosofia que se deve presidir À metodologia de um projecto é o princípio da complementaridade metodológica, o que nos vai facilitar o confronto de resultados" (SERRANO, 2008, p.47)



Bibliografia:


SERRANO, Glória Pérez, Elaboração de Projectos Sociais, Porto, Porto Editora, 2008

Avaliação

A avaliação, como fase constituinte da Metodologia de Trabalho de Projecto, é talvez umas das fundamentais no desenvolvimento de qualquer projecto. ~
Este, permite-nos avaliar e ver o graui de adequação daquilo que nos propusemos, tendo em conta o nosso objectivo fixado.
A avaliaçãoé mais um factor de gestão global da intervenção.

Avaliar para quê?
- Balanço
- Certificar
- Classificar
- Hierearquizar
- Orientar
- Destacar
- Predizer
- Seleccionar
- Diagnosticar

O processo de avaliação é de facto inerente ao ser humano. é uam actividade humana constante, já que a todo o momento temos de recolher informação do meio, valorizar essa informação e decidir em conformidade.
Trata-se de um mecanismo básico de processamento de informação por parte dos seres humanos, que tem como princípios básicos:
- A promoção de igualdade de direitos
- A promoção de sucesso
- A continuidade
- A positividade
- A correcção
- A compreensão
- A promoção de participação de todos os envolvidos na definição dos percursos.
A avaliação assim poderá distinguir-se como externa e interna

Fases constituintes do Projecto

Diagnóstico - Processo de analisar a situação, o problema, o grupo que o projecto terá como objecto; é uma fase operativa da acção - visão partilhada da realidade. O Diagnóstico permite pois identificar os problemas, determinar pontos fortes, pontos fracos, ameaças e oportunidades (determinado por exemplo a partir de uma análise SWOT);Um bom diagnóstico deve ser: sistemático, interpretativo, participativo, multidisciplinar e prospectivo. Neste âmbito devemos assim estabelecer prioridades de intervenção.


-Detectar necessidades
-Estabelecer prioridades
-Fundamemtar o problema
-Localizar o projecto
-Rever a bibliografia
-Prever a população
-Prever os recursos


Planificação - ter em conta o grupo-alvo, definir objectivos gerais e específicos, metas, actividades, recursos, proceder à elaboração de um cronograma, definição de estratégias e a duração da intervenção;




-Objectivos (Gerais/Específicos)
-Metodologia (Actividades, técnicas e instrumentos, definir a população, identificar a amostra, recolha de dados, análise de dados)


-Calendarização


-Recursos (Humanos, materiais e financeiros)




Execução do projecto




-Desenvolvimento do projecto


-Acompanhamento do projecto
-Controlo do projecto




Avaliação




-Avaliação diagnóstico
-Avaliação processo
-Avaliação final






É fulcral ainda a elaboração de um relatório final




Bibliografia: SERRANO, Glória Pérez, Elaboração de projectos sociais, Porto, Porto Editora, 2008

sábado, 30 de abril de 2011

Trabalho de Projecto

O trabalho de Projecto tem como objectivo central a análise e a resolução de Problemas.
Determina acções a serem implementadas respondendo à questão: "O que fazer e como fazer". Contudo, deve permitir sempre alguma flexibilidade e dinâmica, permitindo assim adapatar-se e reorinetar-se à medida que se vai intervindo.

Este, baseia-se fundamentalmente na investigação-acção, ou seja, complemnetando-se sempre a teroria e a prática.


A MTP (Metodologia de Trabalho de Projecto) assume como características fundamentais:


  • Actividade intencional - a partir de um objectivo formulado pelos autores/executores do Projecto que dá sentido às várias actividades e está associado a um produto final para procurar responder ao objectivo geral / inicial;


  • Iniciativa e autonomia dos que realizam;

  • Autenticidade - foca problema de quem executa em deverá envolver sempre originalidade;

  • Complexidade e incerteza - tarefas e problemáticas que precisam de ser projectadas;

  • Carácter prolongado e faseado - Determinado por um longo período de tempo e subdividido em fases que vão desde a definição de objectivo geral até à fase final de resultados e avaliação, como veremos a seguir.

Projecto

O termo Projecto deriva do latim: projectare, que tem como significado "lançar para a frente, atirar, e terá surgido pela 1ºvez no século XV.

Assim, projectar diz respeito ao acto de investigar um determinado tema, problema ou situação com o objectivo de conhecer e apresentar as interpretações dessa realidade.

O projecto, é assim um plano de trabalho que se organiza fundamentalmente para resolver, estudar esse problema.

O trabalho de projecto é assim uma metodologia, caracterizado por um conjunto de técnicas e procedimentos para estudar a realidade social permitindo assim prever, orientar e preparar o caminho para os intervenientes integrantes para a realização do projecto, centrando-se na investigação, análise e reslolução de problemas.


Fonte: http://web.ess.ips.pt/Percursos/pdfs/Revista_Percursos_15.pdf

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Organização do Sistema Educativo Português

O Sistema Educativo Português é um conjunto de meios pelo qual se concretiza o direito à educação orientada para favorecer o desenvolvimento global da personalidade, o progresso social e a democratização da sociedade. Todos os portugueses têm direito à educação e à cultura e o respeito pelo princípio da liberdade de aprender e de ensinar; Responde às necessidades resultantes da realidade social incentivando à formação de cidadãos livres, responsáveis, autónomos e solidários, valorizando a dimensão humana do trabalho.


(Clique nas imagens para uma melhor visualização)


Organização do sistema educativo - Niveís de educação e/ou ensino







Organização do Sistema Educativo tendo em conta a sua Natureza Pedagógica






Organização do Sistema Educativo tendo em conta a sua Natureza Jurídica





Organização do Sistema Educativo - Ministérios que tutelam a educação e o ensino em Portugal




Para podermos aprofundar o que está demonstrado aqui através destes organigramas, podemos consultar a Lei de Bases do Sistema Educativo - Lei nº46/86 de 14 de Outubro, disponibilizada pela DGES em
http://www.dges.mctes.pt/NR/rdonlyres/AE6762DF-1DBF-40C0-B194-E3FAA9516D79/1766/Lei46_86.pdf

sexta-feira, 2 de julho de 2010

"O meu valor"

Para a avaliação prática da unidade curricular, foi idealizado um cenário, em que no nosso contexto de intervenção, teríamos de aplicar uma dinâmica de grupo.
Para tal, teríamos se possivel, de proceder à criação de uma técnica de forma criativa e assim aplicá-la à turma, sendo que de cada uma deveria ainda originar uma "marca" da mesma.
Assim, após uma pesquisa bibliográfica, idealizei pois uma dinâmica. Segue-se a descrição.
  • Tema: técnica para desenvolvimento da auto-estima

  • Título: " O meu valor"

  • Objectivos:

Objectivo geral: Desenvolvimento da auto-estima;

Objectivos específicos: Promover a aquisição de comportamentos e sentimentos positivos;
Incutir o respeito pelos outros;Favorecer a auto estima, a autoconfiança e o conhecimento dos elementos do grupo;

  • Dinâmica da técnica:

Os participantes apresentam-se dispostos em círculo, em mesas redondas de trabalho, com o respectivo material necessário.


O animador apresenta a actividade e de seguida entrega um saco de organza a cada participante que deverá conter os valores de cada um (aquilo que representa positivamente).


Numa primeira fase, cada elemento irá pegar na folha branca que tem dentro de cada saco, que funcionará como etiqueta de identificação. Nesta “etiqueta”, o participante deverá desenhar algo que o represente, ou apenas um símbolo ou frase com que se identifique, excepto o seu nome.

Na mesa, estarão dispostos pequenos cartões em que cada um deverá escrever individualmente um elogio a cada participante e colocar no seu respectivo saco. Os sacos de cada um irão passar rotativamente pelos participantes. Após os sacos terem um cartão de cada elemento, cada um irá mostrar aos outros aquilo que o caracteriza, falando numa primeira fase daquilo que usou para a decoração da sua etiqueta, devendo os outros elementos do grupo fazer uma pequena reflexão acerca do relatado, assim como dos cartões que lá foram colocados, dizendo se concorda ou não, acrescentando se necessário algo acerca do colega.

  • Duração: aproximadamente 2o minutos

  • Caracterização do local ideal: sala ampla com boa luminosidade

  • Recursos necessários:

- Físicos: sala

- Humanos: um educador/animador

- Materiais: sacos de organza, cartões, mesas, lápis de cera e canetas

  • Observações: as mesas deverão estar dispostas em círculo

  • Bibliografia complementar:

- BRANDES, Donna, PHILIPS, Howard, Manual de jogos educativos, Lisboa, Moraes editora, 1977

- MANES, Sabine, 83 jogos psicológicos para dinâmica de grupos, Lisboa, Paulus editora, 2009